Newsletter extra!!!A Interseção entre Espiritualidade, Fé e Saúde: Uma Jornada de Bem-Estar
Nessa semana de Páscoa, eu senti que deveria abordar esse tema que tem sido muito forte para mim!
Declaração de conflito de interesses: nenhum! Não falarei de nenhuma religião especificamente, mesmo sendo católica.
Na complexa jornada da existência humana, a espiritualidade e a fé, frequentemente, se entrelaçam, oferecendo não apenas conforto espiritual, mas também benefícios tangíveis para a saúde física e mental. Estudos científicos têm explorado essa conexão profunda, revelando os inúmeros modos pelos quais a fé pode influenciar positivamente nossa saúde e bem-estar geral.
A pesquisa tem consistentemente mostrado que pessoas que têm uma vida espiritual ativa e uma fé sólida tendem a desfrutar de uma melhor saúde física e mental. Por exemplo, estudos epidemiológicos têm associado a prática religiosa regular com menor incidência de doenças cardíacas, pressão arterial mais baixa e até mesmo uma maior longevidade.
Uma análise publicada no "Journal of the American Board of Family Medicine" descobriu que frequentar serviços religiosos regularmente estava relacionado a uma redução de até 30% no risco de mortalidade.
Além disso, a fé pode desempenhar um papel crucial na construção de uma vida social rica e satisfatória. Comunidades religiosas, muitas vezes, fornecem um ambiente de apoio e amizade, onde as pessoas encontram conforto, aceitação e conexões significativas. Estudos sociais têm demonstrado que pessoas que participam ativamente de grupos religiosos têm redes sociais mais amplas e recebem mais apoio emocional em momentos de dificuldade.
À medida que envelhecemos, a importância da espiritualidade e da fé se intensifica. E eu tenho vivido isso de forma intensa e diária. Após minha formação do Chopra, a espiritualidade começou a fazer parte da minha vida diária- eu meditava todos os dias. Com a rotina e dois filhos eu perdi isso um pouco pós pandemia. E em Janeiro do ano passado, 2023; rezar, ir à Igreja e meditar voltaram a fazer parte da minha vida e de uma forma diferente. Talvez porque a fé pode fornecer uma fonte de esperança e resiliência em face dos desafios e do amadurecimento, ajudando as pessoas a enfrentar questões como solidão, perda e saúde em declínio com maior serenidade e resiliência. Pesquisas sugerem que idosos que mantêm uma prática espiritual tendem a experimentar um envelhecimento mais saudável, com menor incidência de depressão e ansiedade, e uma maior sensação de propósito e significado na vida.
No entanto, é importante ressaltar que os benefícios da fé e da espiritualidade não são exclusivos de uma religião específica. A conexão com algo maior, seja através da oração, meditação, contemplação da natureza ou envolvimento em práticas espirituais diversas, pode nutrir o espírito e fortalecer o corpo e a mente.
É incrível como muitas pessoas se apegam a espiritualidade e fé nos momentos mais difíceis, eu já julguei muito- mas, hoje acredito que não importa quando você começa a praticar a fé, o que vale mesmo é começar.
Eu tenho vivido intensamente as mudanças na minha vida de 2016 para cá com práticas diversas, a meditação e a prática da gratidão me deram outro sentido e compreensão ;e retomar a prática da religião, ir às missas, rezar sozinha, aprender mais sobre o tema e estar conectada com pessoas que também a praticam tem mudado ainda mais meu último ano de vida e tem me ajudado a aceitar fatos que pesavam dentro de mim há anos e enfrentar a vida com outros olhos.
Acredito que a interseção entre espiritualidade, fé e saúde é uma fonte rica e profunda de bem-estar integrativo. Ao reconhecer e cultivar essa dimensão essencial, podemos trilhar um caminho de saúde e realização que transcende os limites do físico e se estende até o âmago de nossa alma.
Se estiver gostando, me ajude a compartilhar essa mensagem!
Agora, vamos falar sobre GRATIDÃO.
Em separado, vale a pena falar desse tema, pois, lá em 2016 eu ouvi isso pela primeira vez. Durante uma das minha formações do CHOPRA me deparei com esse pôster sobre um estudo feito pelo Instituto Chopra sobre esse tema:
E o que esse estudo traz de informação:
Espiritualidade e gratidão estão associadas ao bem-estar. Poucos estudos examinaram o papel da gratidão em pacientes com insuficiência cardíaca (IC) ou se existe um mecanismo através do qual a espiritualidade pode exercer seus efeitos benéficos na saúde física e mental nesta população clínica. Este estudo examinou associações entre gratidão, bem-estar espiritual, sono, humor, fadiga, autoeficácia cardíaca específica e inflamação em 186 homens e mulheres com IC assintomática em estágio B.
1- A gratidão foi associada a um sono melhor,
2- Menos humor deprimido,
3-Menos fadiga e;
4- Melhor autoeficácia para manter a função cardíaca.
Do lado mais bioquímico, os pacientes que expressaram mais gratidão também apresentaram níveis mais baixos de biomarcadores inflamatórios, o que é super importante no caso das doenças inflamatórias crônicas que estão relacionados a inflamação. Exploramos ainda mais as relações entre essas variáveis, examinando um suposto caminho para determinar se a espiritualidade exerce os seus efeitos benéficos através da gratidão. Como resultados do estudo: foi relatado então que a gratidão e o bem-estar espiritual estão relacionados com um melhor humor e sono, menos fadiga e mais autoeficácia, e que a gratidão medeia total ou parcialmente os efeitos benéficos do bem-estar espiritual nestes pontos finais. Os esforços para aumentar a gratidão podem ser um tratamento para melhorar o bem-estar na vida dos pacientes com IC e ter potencial valor clínico! Ou seja, os médicos e profissionais de saúde devem prestar mais atenção nesse ponto.
COMO PRATICAR A GRATIDÃO e ter os benefícios? Algumas dicas.
1. Mantenha um diário de gratidão. Estabeleça uma prática diária na qual você se lembre dos dons, da graça, dos benefícios e das coisas boas que você desfruta.
2. Lembre-se do que é ruim. Para ser grato em seu estado atual, é útil lembrar os momentos difíceis que você passou. Quando você se lembra das dificuldades e de tudo que superou, você estabelece um contraste explícito em sua mente, e esse contraste é um terreno fértil para a gratidão.
3. Aprenda orações de gratidão. Em muitas tradições espirituais, as orações de gratidão são consideradas a forma mais poderosa de oração, porque através destas orações as pessoas reconhecem a fonte última de tudo o que são e de tudo o que serão.
4. Através dos nossos sentidos – a capacidade de tocar, ver, cheirar, saborear e ouvir – adquirimos uma apreciação do que significa ser humano e do incrível milagre que é estar vivo. Na minha mentoria, tem uma aula só para esse tema.
5. Use lembretes visuais. Como os dois principais obstáculos à gratidão são o esquecimento e a falta de consciência plena, os lembretes visuais podem servir como pistas para desencadear pensamentos de gratidão.
6. Faça um voto de praticar a gratidão. A pesquisa mostra que fazer um juramento para realizar um comportamento aumenta a probabilidade de a ação ser executada. Portanto, escreva seu próprio voto de gratidão, que pode ser tão simples como “Juro contar minhas bênçãos todos os dias”, e poste-o em algum lugar onde você será lembrado disso todos os dias.
7. Passe adiante pequenos gestos. Se você fizer gestos de gratidão, a emoção da gratidão deverá ser desencadeada. Os movimentos de gratidão incluem sorrir, agradecer e escrever cartas de gratidão.
Meditações também fazer parte da prática, assim como as orações, mas, pode não ter conotação religiosa e estimular a gratidão.
Semanas como a Páscoa, podem ser bons momentos para trazer ou despertar esses sentimentos de gratidão e/ou de prática de espiritualidade. Estamos mais abertos e nos conectamos mais com nossa espiritualidade. Além desse momento, outros momentos religiosos têm o poder de trazer essa sensação e devemos aproveitar o momento e desenvolver a espiritualidade e nossa gratidão.
Me conta, o que achou do tema? Se tiver alguma dica escreva aqui! Quero saber mais de vocês?!
Beijos
Acho bem interessante quando associamos fé e espiritualidade a religião. Penso que são processos individuais de encontro conosco que nos levam a percepção do senso de coletivo e que deveria ser o trabalho dos templos e igrejas, mas muitas vezes não é. O religare é a conexão com o eu para me abrir às experiências com o outro. A fé e a espiritualidade são, sem dúvidas, o ponto crucial de bem viver, mas penso que podem ser encontradas também fora da prática religiosa.