Tendências do mundo WELLNESS 2025
Uma curadoria do Global Wellness Institute. As curiosidades que gosto de compartilhar com quem gosta do tema. Uma leitura leve e interessante
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Aqui compartilho um pouco sobre minha paixão e pesquisa!
O Cérebro na Beleza: Como a Neuroestética Melhora o Bem-Estar
Eu garanto que todos gostam de ver um feed bem bonito, com fotos que te acalmam, te inspiram; curtir o pôr do Sol, passear num jardim. Isso faz todo sentido quando aprendemos um pouco sobre a neuroestética.
A neuroestética é um campo emergente da ciência que explica como a exposição à beleza—seja através da arte, da natureza ou da música—tem um impacto profundo na nossa saúde mental e física. Estudos demonstram que experiências estéticas reduzem os níveis de estresse, diminuem o cortisol e ativam o estado de “descanso e digestão” do sistema nervoso, promovendo um efeito semelhante ao da meditação.
Embora a indústria do bem-estar muitas vezes associe a beleza à estética e à aparência, a verdadeira força da beleza está na sua capacidade de nutrir o cérebro e melhorar a qualidade de vida. O contato com cores vibrantes, melodias envolventes, paisagens naturais e obras de arte ativa regiões do cérebro associadas ao prazer e à recompensa, ajudando a equilibrar as emoções e promovendo uma sensação de calma e conexão.
Independentemente das preferências individuais, o cérebro humano responde positivamente ao belo. A beleza está ao nosso alcance todos os dias—no pôr do sol, nas flores de uma árvore, no brilho das estrelas ou na harmonia de uma música. Incorporar esses momentos à nossa rotina pode ser um pilar essencial do bem-estar, tão importante quanto alimentação saudável e exercícios físicos.
Cultivar a apreciação da beleza é um convite para desacelerar, reduzir a sobrecarga mental e encontrar mais alegria na vida cotidiana. Afinal, nada e ninguém pode nos privar dos benefícios de enxergar o mundo com olhos mais atentos e sensíveis ao que há de belo ao nosso redor.
GWR 2025 Brain and beauty
Immersive wellness> a medicina como uma experiência
Fonte abaixo no link
Bem-Estar Imersivo: A Arte, a Neurociência e a Conexão Como Remédios Para a Solidão
Com o aumento da ansiedade e da solidão, as experiências imersivas e coletivas surgem como uma nova abordagem para o bem-estar. A neurociência mostra que a arte e a estética têm um impacto profundo na saúde mental e física, ajudando a reduzir o estresse, melhorar a cognição e fortalecer laços sociais.
O livro Your Brain on Art, de Susan Magsamen e Ivy Ross, explora o campo da neuroarte, destacando como a exposição à arte e às experiências sensoriais pode reconfigurar o cérebro e melhorar a saúde. Esse conceito é aplicado em iniciativas como Chromasonic Field e Satellite One, que utilizam luzes e sons para estimular estados de relaxamento profundo, diminuindo a atividade da amígdala (o centro do medo no cérebro) e ativando o sistema nervoso parassimpático, responsável pela sensação de calma e equilíbrio. (Acabei de comentar acima)
Outro exemplo é a obra de James Turrell, que usa cor e espaço para alterar a percepção e promover um estado de presença e conexão com o próprio corpo. Além disso, artistas como Olafur Eliasson criam instalações que provocam emoções reprimidas, permitindo que os participantes processem sentimentos inconscientes e promovam a cura emocional.
O Encantamento Como Terapia e Ferramenta de Transformação
A exposição a experiências imersivas pode induzir estados de admiração e encantamento, desencadeando efeitos fisiológicos benéficos, como a redução do cortisol e o aumento da empatia. O pesquisador Dacher Keltner explica que o "efeito do encantamento" não apenas acalma o sistema nervoso, mas também amplia nossa percepção do mundo e fortalece a conexão com os outros.
Eventos como o Burning Man demonstram o impacto de experiências coletivas e rituais em comunidades modernas. Lá, a ausência de transações monetárias, a arte interativa e os desafios ambientais criam um espaço de expressão, pertencimento e transformação pessoal.
Novos Espaços Para Conexão e Bem-Estar
À medida que igrejas e centros comunitários perdem relevância como locais de encontro, surge a necessidade de novos espaços de reflexão coletiva e cura emocional. Iniciativas como a Nomadic School of Wonder combinam natureza, arte e práticas contemplativas para estimular a criatividade e a conexão humana. Além disso, o uso de música para estimular a memória em idosos com demência, como demonstrado no trabalho de professores especializados, mostra como a arte pode restaurar habilidades cognitivas e emocionais.
O futuro do bem-estar está na integração entre neurociência, arte e experiências imersivas, transformando a forma como lidamos com o estresse, a solidão e a saúde emocional. A criação de espaços que unem entretenimento e bem-estar não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para um mundo mais conectado e saudável.
Para mais detalhes se te interessou esse tema, aqui tem a reportagem completa:
Saúde e longevidade
O Ambiente e o Estilo de Vida Superam a Genética na Longevidade
Se você deseja uma vida longa e saudável, não é a genética que mais importa, mas sim o seu estilo de vida e o ambiente ao seu redor. Um novo estudo publicado na Nature Medicine analisou dados de mais de 490.000 pessoas do UK Biobank e concluiu que fatores ambientais e comportamentais têm um impacto muito maior na longevidade do que os genes.
Os pesquisadores avaliaram a influência de mais de 100 fatores ambientais e a predisposição genética para 22 doenças crônicas, que representam as principais causas de morte. Para isso, também analisaram um subconjunto de 45.000 participantes, cujas amostras de sangue foram submetidas a um estudo proteômico, capaz de indicar a idade biológica (diferente da idade cronológica).
O principal achado foi que o ambiente e o estilo de vida influenciam 17% do risco de morte por doenças crônicas, enquanto a genética representa apenas 2% desse risco. Entre os fatores ambientais mais prejudiciais estão:
Tabagismo, ligado a 21 doenças
Condições socioeconômicas (renda, bairro, status de emprego), associadas a 19 doenças
Sedentarismo, relacionado a 17 doenças
As doenças mais afetadas pelo ambiente foram pulmonares, cardíacas e hepáticas, enquanto a genética teve um papel mais significativo no risco de câncer de mama, ovário e próstata, além de demência.
Fatores Positivos Para a Longevidade
Além de analisar os riscos, o estudo também identificou fatores que prolongam a vida. Viver com um parceiro, estar empregado e ter estabilidade financeira foram três dos principais fatores protetores.
Outro dado alarmante foi que a influência do ambiente começa cedo na vida: o peso corporal aos 10 anos de idade e o tabagismo materno durante a gestação foram fatores que impactaram a saúde e a longevidade décadas depois.
Os pesquisadores enfatizam que muitas dessas exposições podem ser modificadas por escolhas individuais e políticas públicas, incluindo a redução do tabagismo, a promoção da atividade física e a melhoria das condições socioeconômicas.
O estudo reforça que a longevidade não está escrita no DNA, mas nas escolhas diárias e no ambiente que nos cerca.
Estudo original: Argentieri, M.A., Amin, N., Nevado-Holgado, A.J. et al. Integrating the environmental and genetic architectures of aging and mortality. Nat Med 31, 1016–1025 (2025). https://doi.org/10.1038/s41591-024-03483-9
Estar em Forma é Mais Importante para a Longevidade do que Ser Magro
Um novo estudo da Universidade da Virgínia revelou que a aptidão cardiovascular tem um impacto muito maior na longevidade do que o peso corporal. A pesquisa, que analisou um grande volume de estudos anteriores, mostrou que estar fora de forma pode dobrar ou até triplicar o risco de morte prematura, independentemente da idade ou do índice de massa corporal (IMC).
Curiosamente, o estudo também descobriu que pessoas com obesidade, mas com boa capacidade aeróbica, tinham metade do risco de morte precoce em comparação com aquelas com peso normal, mas baixa aptidão física. Isso reforça que a saúde não está apenas no peso na balança, mas, na qualidade do condicionamento físico. Isso já falamos faz muito tempo na medicina. O problema, ou melhor, a realidade, é que nem sempre quem está acima do peso consegue ter uma boa capacidade aeróbica e sempre é importante ter um acompanhamento médico.
Estar em forma vai muito além de estar dentro do peso esperado, ou daquele peso “irreal”estipulados por contas que não podem ser avaliados de forma isolada.
O que eu quis trazer aqui é um olhar mais acolhedor para o peso, para a sua saúde! Busque estar bem, fazer seu check up, visitar o médico regularmente, praticar atividade física; ao invés, de ficar se pesando todo dia naquela balança que está no seu banheiro e que diz todo dia para você quanto de gordura você tem e cria mais neuras ainda na sua cabeça.
Artigo original - levarei para o Instagram- Cardiorespiratory fitness, body mass index and mortality: a systematic review and meta-analysis
Mapa da Economia do Mercado do Bem Estar 2023
Super interessante ver as diferenças entre os países e cada área de crescimento deste setor- como o de turismo, SPAs, Real Estate.
Adoro ver o dinamismo desse mapa que acompanho desde 2019. Esse tema traz consigo diversas tendências de mercado, como produtos, destinos de viagens, investimentos em saúde pública, tecnologia em saúde e muito mais.
Eu fico apaixonada e você? Este gráfico está no Relatório pago do GWI anual.
Tendências Digitais na Saúde para 2025: Inovação e Tecnologia a Serviço do Bem-Estar
A transformação digital está revolucionando o setor da saúde, trazendo avanços que melhoram o diagnóstico, tratamento e monitoramento dos pacientes. Para 2025, algumas tendências se destacam, mostrando como a tecnologia está criando um sistema de saúde mais eficiente, acessível e personalizado.
1. Inteligência Artificial (IA) na Saúde
A IA está sendo usada para tornar os serviços de saúde mais rápidos e precisos. Algumas aplicações incluem:
✅ Diagnóstico precoce de doenças – Algoritmos de IA analisam exames de imagem para detectar câncer, Alzheimer e outras doenças antes que os sintomas apareçam. Exemplos: Google DeepMind e IBM Watson Health.
✅ Chatbots e assistentes virtuais – Empresas como a Ada Health e a Buoy Health criaram chatbots médicos que ajudam pacientes a identificar sintomas e sugerem a melhor abordagem para atendimento.
✅ Medicina personalizada – A IA analisa o DNA dos pacientes e recomenda tratamentos específicos, como no caso da Tempus, que usa big data para personalizar tratamentos oncológicos.
2. Dispositivos com inteligência artificial
Os dispositivos “vestíveis” estão ajudando as pessoas a monitorar sua saúde em tempo real. Alguns exemplos incluem:
✅ Relógios inteligentes e pulseiras fitness – O Apple Watch e o Fitbit monitoram frequência cardíaca, níveis de oxigênio no sangue e detectam arritmias cardíacas.
✅ Monitoramento contínuo da glicose – Empresas como Dexcom e FreeStyle Libre oferecem sensores que permitem que diabéticos acompanhem seus níveis de glicose sem precisar furar o dedo várias vezes ao dia.
✅ Dispositivos para pacientes com doenças crônicas – Sensores que monitoram pressão arterial, respiração e até mesmo sinais de insuficiência cardíaca estão sendo usados para alertar médicos antes que ocorra uma crise.
3. Telessaúde: A Revolução das Consultas Online
A pandemia acelerou a adoção da telessaúde, e essa tendência veio para ficar. Exemplos de como está sendo usada:
✅ Consultas médicas online – Plataformas como Teladoc Health e Doctoralia permitem que pacientes consultem médicos sem sair de casa.
✅ Atendimento psicológico remoto – Aplicativos como BetterHelp e Talkspace oferecem terapia online acessível.
✅ Monitoramento remoto de pacientes – Hospitais utilizam sensores conectados para acompanhar pacientes crônicos à distância, reduzindo hospitalizações desnecessárias.
4. Automação de Processos na Saúde
A automação está tornando o setor mais eficiente e reduzindo o tempo de espera para atendimentos e exames. Exemplos incluem:
✅ Robôs em hospitais – O robô Moxi, por exemplo, auxilia enfermeiros transportando medicamentos e amostras de sangue, liberando tempo para que os profissionais se concentrem no atendimento ao paciente.
✅ Registro eletrônico de pacientes – Sistemas como Epic e Cerner automatizam a coleta de dados, reduzindo erros médicos e facilitando o acesso ao histórico do paciente.
✅ Agendamento automático de consultas – Clínicas utilizam sistemas como Zocdoc para que pacientes agendem consultas sem precisar falar com um atendente.
5. Análise de Dados e Big Data na Saúde
A análise de grandes volumes de dados permite prever surtos de doenças e melhorar tratamentos. Exemplos incluem:
✅ Previsão de surtos epidemiológicos – A BlueDot usou inteligência artificial para prever a disseminação da COVID-19 antes da OMS.
✅ Medicina baseada em dados – Empresas como Flatiron Health coletam dados de pacientes com câncer para desenvolver novos tratamentos.
✅ Monitoramento hospitalar em tempo real – Sensores instalados em UTIs analisam dados dos pacientes e alertam médicos sobre possíveis complicações.
6. Saúde Móvel (m-Health): Cuidados Médicos na Palma da Mão
Os aplicativos de saúde estão facilitando o acesso a informações e serviços médicos. Exemplos:
✅ Aplicativos de monitoramento de saúde – O MySugr ajuda diabéticos a controlar glicose, enquanto o Clue auxilia mulheres no acompanhamento do ciclo menstrual.
✅ Prescrição digital de medicamentos – Sistemas como Memed e Doximity permitem que médicos enviem receitas digitais para farmácias, evitando erros na prescrição.
✅ Atendimento de emergência via app – O GoodSAM conecta usuários a médicos e socorristas em caso de emergências médicas.
Essas inovações mostram como a tecnologia está criando um futuro mais saudável, acessível e eficiente. A digitalização da saúde não é mais uma tendência distante—ela já está acontecendo e continuará evoluindo nos próximos anos.
Fonte: Trends in healthcare
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