Seria o wellness (bem estar)e a busca pela longevidade os novos parâmetros de "performance"?
O caminho do wellness, suas tendências, impacto das redes e seu verdadeiro benefício.
Na era da longevidade (viver mais e viver bem), a busca- que pode ser incessante, pelo bem estar pode impactar de forma negativa o nosso dia a dia?
Todo mundo está falando sobre wellness (bem estar) e longevidade — mas, afinal, o que isso realmente significa?
Vamos simplificar esse assunto que parece tão complexo, mas que, no fundo, é sobre algo que todas nós desejamos: viver mais e melhor. E aqui vale entender alguns caminhos que a medicina “moderna” e integrativa têm explorado- trago abaixo alguns conceitos sobre diversas visões sobre o cuidado com a saúde. Depois sigo com o que eu acredito sobre usar uma ou outra- visão pessoal! Fecho o texto com o paradoxo atual entre Bem estar e performance! Esse texto está longo, busquei informações em lugares diferentes e adorei escrevê-lo!
Modelos de medicina
🧬 Medicina Funcional: Aqui o foco não está apenas nos sintomas, mas nas causas profundas. É uma abordagem investigativa que usa exames avançados, nutrição e suplementação para tratar a raiz do problema. Referência para mim no tema: Dr. Mark Hyman.
⚖️ Medicina Integrativa: Une a medicina convencional com terapias complementares como acupuntura, meditação, fitoterapia, yoga e respiração. Uma ponte entre a ciência e o bem-estar.
🌿 Medicina Naturopática: Conduzida por médicos naturopatas, tem como base o uso de ervas, alimentação natural, estilo de vida saudável e práticas como acupuntura. A premissa é clara: o corpo sabe se curar — se você der os recursos certos.
🍎 Medicina do Estilo de Vida: Uma especialidade médica que trata e reverte doenças crônicas através de hábitos saudáveis: alimentação, movimento, sono, gestão do estresse e abandono de comportamentos nocivos.
⚖️ Medicina da Obesidade: Um campo em ascensão, voltado para o tratamento médico da obesidade como condição crônica, com estratégias baseadas em ciência, metabolismo e regulação hormonal.
🧬 Medicina de Precisão: Um modelo altamente individualizado, que considera sua genética, marcadores biológicos, ambiente e estilo de vida para criar planos de prevenção e tratamento personalizados. Referências: Bryan Johnson ou na Wild Health.
Medicina Ayurveda: Com mais de 5 mil anos de tradição, a Ayurveda é um sistema de saúde originado na Índia que considera corpo, mente e espírito como partes indissociáveis do bem-estar. Ela propõe equilíbrio entre os doshas (biotipos energéticos), usando alimentação, ervas, rituais diários, terapias corporais e práticas como meditação e yoga para restaurar a harmonia interna. É uma medicina profundamente preventiva, que respeita a individualidade e os ciclos naturais da vida. Um dos maiores divulgadores dessa abordagem no Ocidente é Deepak Chopra, com quem tive o privilégio de estudar. A Ayurveda não apenas trata — ela ensina a viver de forma mais consciente e alinhada com quem você é.
✨ E, então, o que seria Medicina da Longevidade?
É um campo que integra tudo isso — com um objetivo claro:
Ajudar você a viver mais, com energia, propósito e vitalidade.
A medicina da longevidade não espera a doença aparecer. Ela atua na prevenção, na performance e na manutenção da saúde ao longo do tempo. A maioria das pessoas que nos procuram não está doente — elas querem otimizar o que já têm de melhor.
E como isso se traduz na prática?
🔬 Exames avançados: MRIs de corpo inteiro, VO2 Max, testes de idade biológica, genética e biomarcadores. Plataformas como Prenuvo, Ezra, TruDiagnostic estão à frente.
💉 Tratamentos de precisão: Terapias hormonais, peptídeos, exossomos e até técnicas como plasmaférese.
🧘♀️ Estilo de vida com curadoria personalizada: Nutrição, movimento, sono, práticas de atenção plena, biohacking e wearables de última geração.
💡 Tecnologias para longevidade: Oxigenoterapia hiperbárica, luz vermelha (RLT), sauna, banhos gelados, estimulação do nervo vago, ondas de choque e mais.
É preciso escolher ?
Por que seguimos tentando escolher lados, quando a verdadeira solução está em integrar?
Por décadas, medicina tradicional e medicina da longevidade foram tratadas como opostas. De um lado, a ciência ocidental com seu foco em tratar doenças estabelecidas. Do outro, abordagens preventivas e integrativas, muitas vezes vistas como “alternativas”. Acusações de charlatanismo e resistência a novas possibilidades criaram uma divisão artificial. Mas vamos ser sinceras: essa disputa não leva ninguém a lugar algum.
A verdade? Precisamos das duas.
Resumindo: a medicina “convencional” salva vidas ao reagir rapidamente a doenças. Ela é essencial em momentos críticos. A medicina da longevidade trabalha para que esses momentos críticos sejam cada vez mais raros, atuando na prevenção, manutenção da saúde e otimização do bem-estar.
Uma não anula a outra. Elas são duas faces da mesma moeda.
Por isso, minha prática sempre integrou o melhor de ambos os mundos: tecnologia, rigor científico, exames avançados, terapia hormonal — aliados a hábitos ancestrais de autocuidado, alimentação consciente, sono reparador, movimento e equilíbrio emocional.
E aqui entrava também a Medicina Ayurveda, uma das ciências de saúde mais antigas do mundo, que enxerga o ser humano como um todo — corpo, mente e espírito — e busca restaurar o equilíbrio natural através de práticas simples e profundas. Não é moda, nem tendência. É sabedoria. Tive o privilégio de estudar diretamente com Deepak Chopra, um dos grandes nomes que trouxeram a Ayurveda para o Ocidente, e aplicar esse conhecimento em uma visão moderna, adaptada ao ritmo das mulheres que atendo.
📌 Não se trata de “ou isso, ou aquilo”. É o famoso “Sim/E”:
✅ Sim, precisamos tratar doenças quando elas surgem e prevenir que elas apareçam.
✅ Sim, precisamos de medicamentos e de mudanças reais no estilo de vida.
✅ Sim, precisamos de ciência de ponta e da sabedoria milenar que nos ensina a viver em equilíbrio.
Essa é a verdadeira Medicina da Longevidade. Uma parceria inteligente entre o que a ciência já comprovou e o que a experiência humana nunca esqueceu e eu me encantei por ela!
Sobre o bem estar e a performance agora!
Esses dias eu vi essa frase num stories de uma colega minha a Cynthia Antonaccio (daqueles que o algoritmo nos mostra, e infelizmente, não consegui salvar o autor da frase) e aquilo me chamou a atenção de uma forma que tenho estudado o tema há duas semanas para preparar essa newsletter. A frase era o seguinte:
“Bem estar virou performance:
Hoje, autocuidado e alimentação não são só sobre prazer ou equilíbrio. São sobre dar conta da rotina. A lógica do wellness mudou: menos inspiração, mais função.”
Aquilo me impactou muito…mas, vamos aprofundar o tema.
O que é wellness? O que é performance?
Palavras bonitas, palavras da moda; mas, muitas vezes mal compreendidas.
Wellness é mais do que não estar doente.
É um estado ativo de bem-estar — físico, mental, emocional e até espiritual.
É quando você acorda com energia, tem clareza nas decisões, sente prazer em viver, e seu corpo funciona como aliado (não como obstáculo).
É um conjunto de escolhas diárias que promovem vitalidade, longevidade e presença.
É autocuidado com intenção, rotina com leveza, saúde como estilo de vida.
Já performance nasceu no mundo do trabalho e da produtividade.
É sobre resultados, entrega, fazer acontecer.
Mas hoje ela se expandiu — e passou a habitar nossas rotinas, relacionamentos, aparência, redes sociais.
Fomos educadas para performar em todos os papéis: mãe perfeita, profissional exemplar, mulher ideal.
E é aqui que o conflito começa.
Na tentativa de fazer tudo, esquecemos de sentir.
De sermos inteiras. De estarmos bem.
A boa notícia?
Existe uma nova forma de viver.
E talvez a verdadeira revolução seja essa: quando o wellness deixa de ser contraponto da performance… e passa a ser o seu alicerce.
Durante muito tempo, fomos ensinadas a produzir, correr, entregar, resistir. A vida virou uma sequência de tarefas em busca de validação — no trabalho, no corpo, nas redes. Mas e se o novo símbolo de sucesso não for mais a exaustão, e sim o bem-estar?
Hoje, cultivar saúde emocional, manter uma rotina leve, dormir bem, alimentar-se com sabedoria, mover o corpo com prazer — tudo isso deixou de ser luxo. Passou a ser um novo símbolo de potência. Um ato revolucionário.
Mas existe uma nova narrativa emergindo. Silenciosa, serena, firme.
Mulheres que um dia disseram “sim” a tudo e a todos agora começam a dizer “sim” para si mesmas. Trocam a pressa pela pausa. O desempenho sem fim pelo descanso consciente. A dieta restritiva pelo chá da tarde. O multitasking pelo foco presente. E descobrem que isso não é fraqueza. É potência.
Na era da exaustão crônica, cuidar de si mesma se tornou um ato revolucionário.
Não estamos falando de luxo. Estamos falando de necessidade.
De mulheres que não querem apenas funcionar. Querem florescer.
Hoje, dormir bem é um investimento. Comer com presença, um ato político. Ter energia, uma vantagem competitiva. Respirar fundo virou o novo “subir ao palco”.
Mas, seria isso de fato o que acontece?
Dados e referências que reforçam esse tema:
Harvard Business Review já publicou que líderes com hábitos de bem-estar performam melhor a longo prazo — são mais criativos, têm mais clareza nas decisões e menor taxa de burnout.
Um estudo da McKinsey Health Institute (2022) mostra que empresas que promovem bem-estar têm 20% mais engajamento e 40% menos turnover.
Tendências globais de wellness, segundo o Global Wellness Institute (2024), mostram que "autocuidado intencional" e "longevidade ativa" são prioridades de consumo entre mulheres entre 35 e 55 anos.
A “estética do bem-estar” cresceu 300% em buscas no Pinterest entre 2023 e 2024, incluindo temas como “soft mornings”, “quiet luxury lifestyle” e “slow beauty”.
O bem-estar não é fuga. É direção.
É o que nos permite sustentar nossas escolhas. Criar com consistência. Cuidar dos outros sem deixar de cuidar de nós mesmas.
É o que nos tira do automático e nos coloca no agora — no que importa.
Talvez, enfim, tenhamos entendido que a verdadeira performance não se mede em entregas. Mas em como nos sentimos vivendo a nossa própria vida.
Talvez a nova performance…
Seja estar bem o suficiente para dizer sim ao que te nutre — e não ao que te esgota.
Seja ter energia, memória, libido, alegria e presença.
E talvez, só talvez…
O seu melhor resultado venha da sua melhor versão.
Não da exausta — mas da inteira.
E se esse texto te tocou, você não está sozinha.
Eu também precisei reaprender o que é estar bem.
Com carinho,
Patricia Savoi