E assim, em pleno vôo ao México, com um café, retomei a escrita ( e diga- se de passagem, escrevi 03 textos. Até eu mesma fiquei chocada com quanta coisa guardada nessa cabecinha).
Já pensou em quantas vezes usou o advérbio de condição SE?
Estou eu aqui no avião meio nauseada pensando; talvez SE eu não tivesse comido a sobremesa (que normalmente não como); eu não estaria me sentindo assim. Mas, eu já comi! Será que era de chocolate e não percebi? Faz meses que não como, então se tinha chocolate me fez mal?! Ai penso: “ eu amo tanto chocolate, que SE fosse, eu saberia na hora!”
Entende que não adianta pensar SE eu não tivesse realizado este ato, o resultado poderia ser diferente? Eu já comi e pronto. Ato consumado! Se foi culposo ou doloso é outro ponto.
Momento cultural:
Observação aqui: minha família nasceu e cresceu na faculdade de Direito e custei para entender que Culposo é sem a intenção do ato e Doloso é com a intenção do ato.
O SE pode te destruir em um simples exemplo como esse, ou até situações muito mais complexas.
Aqui, eu usei um exemplo do passado: se eu tivesse feito isso… que martírio pode ser essa frase hein?
Mas, esse simples advérbio de 02 letras pode te deixar dias, meses e uma vida toda pensando. Ele também pode ser usado para o futuro: SE eu mudar de país; esses são os ganhos e perdas; SE eu não mudar, tudo será diferente. Ele envolve escolhas e decisões; e como disse um cantor famoso Charlie Brown:
“Cada escolha é uma renúncia, essa é a vida”
A vida é feita de diversos SE…
Existem os mais dolorosos- aqueles que dão nó na garganta: SE eu tivesse chegado a tempo, será que ele teria morrido; se eu estivesse falando com ele, SE eu soubesse que isso ia acontecer, eu teria feito diferente! Sim, eu sei disso. Mas, eu não cheguei a tempo, e eu não fiz diferente. Porque na VIDA não sabemos o que vai acontecer amanhã; sabemos o agora. Sempre temos tantos caminhos a escolher.
E você sempre tem uma escolha agora: comer sobremesa ou não; comprar o sapato branco ou azul, gastar dinheiro ou economizar…dizer TE AMO, ME DESCULPA…
Existem aqueles que nos ajudam e nos preparam para a tomada de decisões: aquele SE que te ajuda a colocar tudo em perspectiva- prós e contras, que te ajuda a organizar as idéias. Esse SE funciona como um mentor. Serve na carreira, nos estudos e em casa mesmo!
Existe aquele SE sonhador; aquele que semeia as idéias mais loucas- ou não tão loucas. Esse SE está bem presente na criança e, muitas vezes, ele vem acompanhado de criatividade. Ele ajuda na construção de sonhos. Ele ajuda a pensar no presente para chegar no futuro.
Existe o SE da maternidade cheio de culpas e dúvidas. Se eu tivesse feito isso; meu filho não teria se machucado; se eu não tivesse feito isso ela não estaria sofrendo. Não sei de vocês, mães que estão lendo, talvez alguns pais; mas, esse aqui pega de vez em quando. Tenho alguns exemplos na minha gaveta; se eu não tivesse mudado de país… se eu voltar para o Brasil… se eu tivesse começado isso antes… se eu fizer isso… ai a loucura da maternidade! Quais seriam os seus SE por aqui?
Existem os SE mais arriscados: aqueles que te leva a arriscar tomar um não ou casar com o amor da sua vida. Eu vivi algo parecido com isso; e sim, estou com ele até hoje. Uma mensagem; estimulada por uma amiga… e aqui estamos: 17 anos juntos. Já pensou SE eu não tivesse feito aquela ligação? Tem aquele que te impulsiona a tomar decisões não tão comuns, consideradas arriscadas que podem mudar a sua vida. Ou te estimula a viver uma grande aventura, uma experiência.
Existe o SE emocional, se eu ligar para ela e resolvermos essa situação. Se eu contar para ele que me sinto assim… se eu expressar a minha opinião… se eu decidir falar Não - esse é forte também!! O falar não envolve medo de ser julgada, medo de ser excluída, medo de perder uma oportunidade. Então, o se eu falar não pode vir bem carregado de emoção.
A verdade é que não importa a situação, sempre teremos o SE na nossa vida! Aplicar estratégias nas suas decisões podem ajudar a não pensar tanto no SE depois!
-Lembre-se que quando somos adultos, muitas vezes, devemos fazer o que deve ser feito e não; simplesmente o que quer fazer. (Existem sim os momentos de fazer o que se quer!)
—Lembre-se de mapear as duas decisões antes; use o SE a seu favor; tabelas de pontos positivos e negativos de cada decisão.
-Busque ajuda quando perceber que está com muita dificuldade de tomar decisões; mas, digo, ninguém poderá tomar às decisões por você.
-Confie no seu instinto.
-Não deixe de sonhar e construir seu caminho até lá.
-Permita-se ERRAR e aprender! Fiz, o resultado não foi o esperado, faça de outra forma.
-Faça um exercício e substitua o SE pelo QUANDO… você pode se surpreender com o resultado !!
Conte- me o que achou desse texto!!
Beijos
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