Faz dias que estou com vontade de escrever esse assunto, e tinha uma certa preocupação de poder ser mal entendida. Depois pensei: aqui é meu espaço de expressão, onde as pessoas se interessam pela minha opinião, então, com o coração leve fiz esse post no Linkedin e trouxe com um pouco mais de sentimento para vocês aqui.
Você já sentiu que a felicidade no mundo corporativo é um sonho impossível? Que talvez a verdadeira realização só possa ser encontrada no mundo digital, perseguindo aqueles cobiçados salários de seis dígitos em sete dias?
Eu também costumava acreditar nisso, até fazer mentorias com a
, ter diversas conversas profundas com meu marido e duas amigas sobre o tema (Mari e Fabi- e talvez, elas nem saibam disso) e ontem, discutir o tema de um outro ponto de vista com uma mentora que se tornou uma amiga; ou uma amiga que se tornou uma mentora.Em nossa discussão, mergulhamos profundamente na ideia equivocada de que sucesso e felicidade estão, aparentemente e exclusivamente, ligados a empreendimentos digitais e cheques astronômicos. Onde você só pode ser feliz se passar a vida como nômade, ganhar muito dinheiro e com certeza, ter diversos (milhares) de seguidores nas redes sociais. Através da minha jornada nos últimos 12 meses, onde decisões importantes tiveram que ser tomadas e isso implicaria uma grande mudança na minha vida, na minha rotina e no meu dia a dia e finalizando com a nossa troca de ontem; cheguei ao seguinte fato: a felicidade não está confinada ao cenário digital; ela pode prosperar no mundo tradicional das grandes corporações também.
Imagina só euzinha médica: 6 anos de faculdade, dois anos de pós graduação, mais um de especialização, Título de Nutrologia, certificação internacional em Medicina integrativa e em Ayurveda pelo Deepak Chopra indo para o mundo corporativo, ou como dizem: para o lado negro da força?!
Ao refletir sobre minha jornada, sou lembrado dos inúmeros momentos em que encontrei alegria e realização dentro do ambiente corporativo. Viagens, congressos, cursos incríveis, amizades para a vida toda…Contrariamente ao que eu acreditava, descobri que alcançar a felicidade não requer abandonar a estabilidade e a estrutura de uma trajetória de carreira tradicional. Eu JAMAIS deixaria de ser médica, e continuo sendo, mas, hoje; contribuo de uma outra forma.
Por meio de dedicação, perseverança e orientação de mentores que tive ao longo da carreira, desde minha primeira chefe, até minha atual e mentores na empresa, pude transformar meus sonhos em realidade. Alcancei marcos e objetivos que jamais pensei serem possíveis. Desde subir os degraus da hierarquia corporativa até fazer contribuições significativas dentro da minha organização, cada passo da minha jornada tem sido um testemunho do potencial de felicidade no mundo corporativo.
Então, para quem possa se sentir desiludido com o apelo do sucesso digital ou sobrecarregado pela pressão de constantemente perseguir mais, ofereço esta perspectiva: a felicidade não conhece limites. Ela pode ser encontrada na sala de reuniões tanto quanto no mundo digital. Tudo o que é necessário é uma mudança de mentalidade, um compromisso com o crescimento pessoal e a disposição para abraçar a jornada, onde quer que ela possa levar.
No final das contas, a felicidade não se trata dos zeros na sua conta bancária ou do número de seguidores nas redes sociais. Trata-se de encontrar realização no trabalho que você faz, nas conexões que você faz e no impacto que você deixa no mundo ao seu redor. E para mim, essa jornada de felicidade tem sido tão recompensadora dentro do mundo corporativo quanto fora dele.
Atenção aqui: não estou dizendo que não acredito no digital; eu acredito que você é capaz de ter sucesso em tudo que colocar energia e dedicação alinhado a consistência. Eu mesma tive diversas barreiras, preconceitos meus que não consegui quebrar. Conversava com um amigo meu (o Dani) e meu marido Dani que sempre tive medo de ser julgada e nunca quis fingir ser outra pessoa ou nunca quis investir dinheiro em algo que eu achava falso; então, eu jamais teria sucesso no mundo digital.
Paguei mentorias incríveis onde aprendi muito sobre o mundo digital, evoluí demais, aprendi a escrever conteúdos interessantes, aprendi a ser mais interessante; aprendi a entender mais sobre o "consumidor”, sobre posicionamento de marca, comunicação assertiva; mas, nunca aprendi a me vender. Eu fazia cursos e cursos, certificações; consumia cada vez mais, pois, nunca achava que eu estava pronta para "vender”o meu conhecimento= famosa e conhecida Síndrome da Impostora.
Aqui estava eu na TRILHA, uma mentoria maravilhosa da Myca e do Marcus que super recomendo para quem quer entrar de cabeça nesse mundo. Não acredito que perdi dinheiro não, aprendi muito; mas, nunca tive a segurança de trocar o certo pelo incerto e sempre tive minhas questões em me expor, em me vender.
O que quero dizer aqui?? O famoso there is no one fits for all! Não existe nada que funcione igual para todos.
O problema, como diz meu marido é o algoritmo. Se começa seguir alguém que vive do digital, de repente seu Instagram só te mostra isso, e você se sente a único ou único fora dessa piscina, que aparentemente, está quentinha; e deixa de acreditar que a sua Jacuzzi é tão boa quanto, entende?!
Eu continuo nadando na Jacuzzi e brincando na piscina, mas, com menor necessidade de virar atleta de natação e conquistar títulos; por enquanto, estou me divertindo com minha torcida e platéia e fazendo com que continue sendo prazeroso torcer por mim!!!
Me conta, como anda por ai: piscina ou jacuzzi? Qual anda sendo a sua escolha e sentimentos?
Vou adorar ouvir sua opinião!!!
Beijos
Adorei, Paty! Parabéns! Concordo 1000%. Desde que li um post da Cami Cilento nesta linha, fiquei muito mexida por não ter o perfil corporativo - que, em tese, combinaria muito mais com minha essência que nem rede social quer ter. O digital dá muito, mas cobra alto também. No fundo, como você mesma disse, não existe um caminho único para todos (e são tantas as variáveis para saber esse caminho...).
Amei Paty. Eu não vivo do digital em si, tenho uma relação de amor e ódio com me vender no digital, me expor, mas vivo do online. Mas como minha maior fonte de pcts é indicação de outros pcts e colegas, nao tenho que me vender no digital. E é exatamente isso: vejo colegas com muito menos tempo de formada do q eu se vendendo super bem, ganhando 3x mais (e eu indo para o segundo mestrado, agora no Canada) e penso: oq to fazendo de errado? E ai logo vem: nada! Eu nao quero essa vida e ta td ok. Quero ganhar x e viver a vida offline. E penso q com.o mundo corporativo e a mesma coisa: se e uma empresa q nao te suga, q permite flexibilidd, podemos colocar o trabalho como isso: trabalho, fazer com.dedicacao e cultivar mtas outras areas da nossa vida. Existe tb uma liberdd em ser do mundo corporativo, na minha opiniao: nao ser seu proprio chefe e carrasco para instagramar uma vida!