Casual talk: papo de final de semana sobre outros olhares do bem estar.
Um insight após um filme sem pretensão alguma e outros pensamentos aleatórios para um final de semana leve!
A lista que você esqueceu (mas seu coração ainda lembra) e outros temas aleatórios para uma pausa.
Esse texto é para você que tem muita dificuldade de PARAR.
Muito raro eu parar para ver um filme. Talvez você se identifique…
É sempre uma lista de coisas pra fazer, uma criança chamando, o curso que deixei pela metade, ou só o desejo de aproveitar o pouco tempo livre com quem amo.
Mas esses dias parei.
Vi um filme chamado Life List (imagem abaixo tirada do netflix)— e ele me atravessou de um jeito bonito. Estava numa semana daquelas pesadas e queria ver algo leve, que eu não precisasse pensar.
Esse filme conta a história de uma filha que, após perder a mãe, encontra uma lista de sonhos que escreveu quando criança… e decide cumpri-los. Um a um. (Não por livre e espontânea vontade; mas, para ter direito a algo que a mãe tinha separado para ela).
Simples, né? Mas cheio de camadas e provocações.
Fiquei pensando: o que aconteceu com as nossas listas?
Aquela que escrevemos mentalmente quando éramos meninas e meninos — ou até mesmo aquela que rabiscamos no fundo de um caderno velho?
Queria ser astronauta, bailarina, veterinária; queria abrir um restaurante, viajar o mundo, entre muitas outras coisas que poderiam estar na sua lista.
Ou só queria crescer e “ser feliz”.
A verdade é que muitas e muitos de nós fomos deixando esses sonhos para depois.
Fomos nos ajustando, nos adaptando, ouvindo conselhos e silenciando a voz interna que dizia: “vai lá, tenta, brilha!”
A gente troca o papel de protagonista por mil papéis secundários: mãe, profissional, esposa, cuidadora.
E com isso, a nossa “life list” vai virando um papel amassado esquecido no fundo da gaveta.
Mas sabe o que esse filme me lembrou?
Que ainda dá tempo.
Ainda dá tempo de resgatar partes de nós que ficaram adormecidas.
De fazer um café, pegar um caderno e escrever uma nova lista.
Ou simplesmente lembrar de como era aquela menina antes do mundo dizer o que ela “deveria ser”.
Te convido hoje a fazer um exercício carinhoso:
Se você pudesse conversar com a sua versão de 7, 8 ou 10 anos… o que ela te pediria pra não esquecer?
Pode ser algo pequeno: dançar mais, usar uma roupa colorida, dormir ouvindo histórias.
Ou pode ser algo grande: mudar de cidade, escrever um livro, abrir um negócio.
Escreve. Uma linha que seja.
Porque o autocuidado também começa quando a gente volta a escutar a nossa própria alma.
Com carinho e um respiro longo,
Eu.
Quando você desacelera, começa a se ouvir — e a se curar.
✨ La Dolce Energia
O que acontece quando você desacelera — de verdade
No filme La Dolce Villa, não é a casa na Itália que transforma a atriz protagonista da história. É o que ela encontra dentro de si quando, pela primeira vez em muito tempo, ela se permite parar de controlar tudo e apenas viver.
Ali, no ritmo lento da vila, longe da pressão das metas e expectativas, ela finalmente respira.
Essa pausa — esse respiro —é onde mora a verdadeira transformação.
O luxo de viver devagar
Por muito tempo, desacelerar foi visto como perda de tempo. Afinal, como não fazer nada pode ser produtivo? Mas as mulheres que mais se conectam com sua potência sabem: viver com propósito exige ritmo interno. E ritmo interno se escuta no silêncio.
Na vida real, esse tempo mais lento tem nome: slow living.
E não é apenas uma tendência estética do Instagram — é uma prática baseada em evidências científicas. As chamadas Blue Zones (zonas azuis), como a Sardenha, na Itália, reúnem comunidades onde as pessoas vivem mais, com mais saúde e alegria. E o segredo está menos na genética e mais no estilo de vida.
🍷 Alimentação natural e simples
🚶♀️ Caminhadas em vez de correria
💬 Conexões humanas significativas
🧘 Rotinas que respeitam o corpo e a mente
Esse ritmo de vida reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse), melhora o sono, favorece a digestão e, sim, ativa o metabolismo de forma natural e sustentável.
Energia não se força. Se cultiva.
Pense comigo: quantas vezes você se sentiu culpada por parar?
Quantas vezes ignorou os sinais de exaustão em nome da produtividade?
✨ Desacelerar é um ato de coragem feminina.
E a energia que você tanto busca não está em mais café, nem em dietas milagrosas. Ela mora nas escolhas pequenas, repetidas, conscientes. Está no momento em que você escolhe dormir mais cedo. No prato que nutre. Na respiração que acalma.
🌿 Convite da semana:
Desligue o piloto automático.
Escolha um momento do seu dia para viver no ritmo de uma vila italiana.
Observe o que muda — na sua mente, no seu corpo, no seu humor.
Talvez, como no filme, você descubra que o que precisava não era fazer mais… mas fazer com mais presença.
Com carinho,
Eu mesma.
O que ninguém te conta sobre autocuidado: não é spa, é escolha diária
Quando Gisele Bündchen chegou ao seu limite, o mundo ainda aplaudia. Mas por dentro, ela já não se reconhecia. Foi nesse momento que ela precisou fazer o movimento mais corajoso: parar. Escutar. Mudar.
Algo semelhante acontece com Elizabeth Gilbert em Comer, Rezar, Amar. Após um divórcio, ela se dá conta de que estava vivendo para fora — para os outros, para o que esperavam dela — sem escutar o que seu corpo e sua alma pediam.
Então ela embarca numa jornada pela Itália, Índia e Bali.
Mas o que mais me comove não são os destinos — é a decisão.
A decisão de se colocar no centro da própria vida.
E talvez essa seja a parte que ninguém nos conta:
Autocuidado não começa com um banho de imersão.
Começa quando você diz "não" a mais uma exigência que esgota.
Quando você troca o “tenho que” por “quero me respeitar”.
Quando entende que se cuidar não é luxo, é base.
Autocuidado é o intervalo entre o que você sente e o que você ignora.
É dormir antes da meia-noite.
É beber água antes do café.
É sair para caminhar mesmo sem tempo.
É permitir-se desacelerar — porque o corpo grita o que a alma silencia.
As mulheres com rotina intensa — mães, profissionais, estudantes, cuidadoras — carregam o mundo nas costas. E nessa pressa, aprendemos a nos deixar por último. Como se o preço da realização fosse o próprio corpo em exaustão.
Mas o que ninguém te conta é que não há orgulho nenhum em se abandonar.
Que a verdadeira virada não é sair correndo de tudo, e sim voltar para si.
Olhar-se com carinho. E fazer, todos os dias, pequenas escolhas alinhadas com a mulher que você deseja ser — hoje e daqui a 30 anos.
Se você está cansada, exausta até da ideia de se cuidar, comece pequeno:
Cinco minutos de silêncio pela manhã.
Um “não” que você precisava dizer.
Uma respiração consciente.
Um prato colorido.
Um elogio a si mesma.
Porque o autocuidado não se constrói em um spa, mas em decisões diárias e silenciosas.
Na honestidade com você mesma.
E na coragem de lembrar: você importa.
É como na cena em que Liz aprende, na Itália, o conceito de "dolce far niente": a doçura de não fazer nada. De pausar sem culpa. De saborear a própria companhia. Isso não é futilidade — é remédio para uma mente que vive em alerta.
Nós, mulheres, aprendemos a confundir cansaço com merecimento.
Mas existe uma outra via.
Uma onde você pode ser forte, sem estar sempre exausta.
Realizada, sem estar sobrecarregada.
Amada, sem precisar se abandonar.
E essa via começa por um simples ato: escolher-se.
📖 Inspiração da semana
→ Se ainda não assistiu (ou se precisa relembrar), mergulhe em Comer, Rezar, Amar. Veja-o como um lembrete: você pode reescrever sua história sem fugir da sua vida — mas vivendo-a com mais presença.
→ E para leituras mais íntimas, “Aprendizados”, de Gisele Bündchen, é como uma carta aberta de quem trocou o excesso pela essência.
Com carinho,
Patricia
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